As personagens inconfundíveis de Camilo ressuscitadas pela técnica moderna!
Encontro com a verdade, com casos dramáticos e "repletos":
"Nunca existiu à volta de um filme espanhol, nem mesmo de 'Marcelino
Pão e Vinho', uma espectativa tão grande em toda a Europa
como a provocada por 'AQUELE FATO BRANCO'. Esta admirável
super-produção foi inspirada num caso dramático e
repleto passado em França. É a história autêntica
de um garoto francês, cuja ambição maior era tomar
a sua primeira comunhão com um fato branco. Para o conseguir fez
os maiores sacrifícios, a ponto de ficar inválido num terrível
acidente. Depois...".
Que dizer se até as personagens de ficção podiam ressuscitar?! "As personagens inconfundíveis de Camilo ressuscitadas pela técnica moderna!" [Amor de perdição]. Grigori Kozintsev também conseguira transformar os fictícios D. Quixote e Sancho Pança em figuras reais, tiradas não da vida real, mas de quadros reais: "Os tipos parecem arrancados de telas de Velasquez e de Greco". Em "RESSURREIÇÃO", Ana Sten dava-nos, "com verdade e consciencia", a "transição da candura para o vício"; Frederic March, seu parceiro de fita, "trata a sua personagem com sinceridade impressionante". Michelle Morgan, em "O VENENO", atraía e dominava a atenção do público "pelo realismo das suas cenas de amôr". Realidade que esmagava, como em "O MONTE DOS VENDAVAIS": "Um assunto forte em imagens gritantes que esmagam pela sua realidade". "PORTO-ARTUR" era "uma imponente obra-prima do cinema europeu que apresenta, com absoluto rigorismo e inexcedível verdade, a grandiosidade da guerra russo-japoneza, de 1904, através de um vibrante e humaníssimo conflito". O "clou" do "formidável assalto a Porto-Artur" era "de um realismo impressionante". Em "TRAIÇÃO", na opinião de "O Século", "o desenho das personagens" adquiriam "uma vigorosa expressão de realismo". "AMBICIOSA" (1955) servia-se como "filme de vigorosa contextura, empolgante, humano, arrancado da nossa própria existência com cenas de vibrante e conveniente realismo". "PÂNICO NA CIDADE" contava "o drama da 'Cidade Diabólica' dos Estados Unidos", e jurava papel químico à realidade: "Tal como se passou... e onde se passou! -- A incrível verdade que emocionou a América! -- Um episódio verídico que é contado com espantosa realidade! -- Revoltante, Sensacional e Violento, mas Verdadeiro!" Para além das diabruras do "impagável cómico" Eddie Cantor, "O HERÓI DAS ARÁBIAS" tinha suplemento aliciante: "No final, numa parada magnífica, vemos, tal como são na vida real, Eddie Cantor, Tyrone Power, Shyrley Temple, Dolores del Rio, enfim, todos os grandes astros da constelação cinematográfica de Holywood". "O ALVO DESTA NOITE", em 1943 "o melhor filme de guerra até hoje apresentado" surgia como "uma produção sem habilidades cinematográficas, sem actores, sem enquadramentos de stúdios. TUDO É VERDADEIRO, como os AVIÕES, EQUIPES MILITARES e COMANDOS -- Uma página brilhante da trágica guerra que assola o Mundo, com todas as características fortes e brutais da verdade". O mesmo para "COMEÇARAM OS INCENDIOS": "Um filme sem aparatos de Estudios -- Tudo quanto se vê em COMEÇARAM OS INCENDIOS, é real, sem artista". Na opinião da crítica, que o cartaz não identificava, a versão renovada de "PATRULHA DA ALVORADA", exibida na Lousã em 1943, trazia verdade esmagadora: "A versão moderna de a 'PATRULHA DA ALVORADA', um filme que fez a sua época aqui há uns dôze anos, e que, no género, é das coisas nelhores que temos visto. Aqueles heróis de então, que em frágeis aeroplanos executaram os 'raids' mais notáveis e as proezas mais espectaculosas, nesta versão moderna nada perderam, pois tudo nos é reproduzido com verdade, uma verdade esmagadora, trágica e alucinante". "ATAQUE!" era um "documentário realista! -- Como actores: os próprios Soldados Americanos. -- Como cenário: A inospita Selva da Nova Bretanha. -- Produzido pelo Comando Geral do Pacífico. Fotografado por correspondentes de guerra do Exército dos Estados Unidos. Desembarques. Ataques à baioneta. Bombardeamentos. Tudo real!" (1946) |