No sinistro inferno daquele mundo amazónico...
"AO SUL DE MOMBAÇA" passava-se "no interior
da Selva AFRICANA!", Cornel Wilde e Donna Reed por ali sozinhos "a
mil milhas da civilização"... "A África
em fúria e chamas" revelava-se em "TANGANICA",
"emocionante história de amor nascida na selva, entre perigos,
ciladas, traições e aventuras sensacionais". Na "mais
extraordinária odisseia no continente negro", "um demónio
branco pior que as feras, chefiando uma tribu de negros sanguinários",
criara "um reino de terror". Para ambientar os espectadores ao
filme, o programa da noite começava com "CAVALOS SELVAGENS",
tendo também o "desenho" "Corvo Maluco".
"JIVARO" desenrolava-se "no
ambiente sinistro da selva do Amazonas", prometia "as maiores
aventuras até hoje passadas na Selva do Amazonas", e jurava-se
"totalmente filmado nas florestas do Amazonas". O jornal "O
Século", em crítica respigada pelo folheto, pintava
a selva com as mesmas cores carregadas: "(...) no sinistro inferno
daquele mundo amazónico..."
Em 1955, "A MULHER DA JAMAICA" desenrolava-se "no cenário deslumbrante das selvas ardentes e misteriosas das ilhas do Pacífico". A chancela do exotismo garantia-se ao jurar que a película fora "totalmente filmada nos trópicos". "A SENDA DOS ELEFANTES", que passou também em 1955 pela Lousã, levava os espectadores a viajar até à "vasta e misteriosa ilha do Ceilão!", para além de prometer "a revolta dos elefantes selvagens". Em 1958 os lousanenses viajavam, via celulóide, até à "ILHA DO INFERNO", um filme "totalmente filmado nos Trópicos": "O exuberante e variegado matiz da paisagem tropical e o clima de mistério enquadram a figura vampiresca da mulher diabólica tão fascinante como falsa (...)". Mais ilhas fabulosas, todas elas das mais belas do mundo! "FÉRIAS EM ISCHIA" augurava-se "deliciosa aventura na Ilha encantada do Mediterrâneo em TOTALSCOPE"; "A PRINCESA DAS CANÁRIAS" oferecia "a vida, os ritos e as lutas de um povo primitivo"; "MELODIA ENCANTADA" oferecia traveling até ao Haway "o paraíso do Pacífico, a ilha do Amôr, a terra do sonho e das melodias eternas", ainda "as mais lindas mulheres do mundo em Bailados e Canções nativas". A televisão tardava a chegar, e mesmo depois de ter chegado demorou muitos anos a parir um "Travel", o tal canal que nos faz poupar uns cobres em aviões e hotéis. O cinema levava os espectadores mundo fora: " O FILHO DA SELVA -- A Índia com os seus animais e as suas lendas e tradições num filme que jamais esquecerá". "REVOLTA EM BENGALA" passava-se na "Índia atraente e misteriosa, cheia de intrigas ciladas e traições, de que é tão fértil"; "ALADINO E A PRINCESA DE BAGDAD" tinha por cenário "todo o Oriente -- Traiçoeiro -- Exótico -- Romântico". Mistério também pela China, "a imensa e misteriosa China, desvendada pelo célebre mercador Marco Polo", em 1939, Gary Cooper no papel; a "insubmissa e tumultuosa China" de "ÁS PORTAS DE XANGAI", China "país de lutas e mistérios". "MAGIA DO ORIENTE" soçobrava com "todo o luxo e mistério do Oriente sensual e pérfido!" "ALOMA" trazia "tôda a magia dos mares do sul num filme em côres naturais! -- Uma ideia perfeita dessas paragens longínquas onde há rochedos violáceos e poentes de sonho!". "CORAÇÃO DO NORTE" tinha "as montanhas e os rios, a natureza agreste e bela do Canadá", que davam ao filme "um relêvo de real destaque". "Cada imagem é uma aguarela" -- jurava-se. |