Um espectáculo monumental que tem o mundo inteiro por cenário
"O CAMINHEIRO" havia sido filmado "por mão
de mestre nas mais belas regiões da França", um filme
nada claustrofóbico: "o mais belo filme de ar livre filmado
até hoje". "O LOBO DA CALÁBRIA" perdia-se
na imensidão das "magestosas montanhas da Calábria,
entre lagos azuis e bosques impenetráveis, numa paisagem de grande
beleza". "A GRANDE NOITE DE CASANOVA" oferecia-nos
imagens de Veneza, e Veneza quão grata se sentia por tal honra:
"Veneza serve de cenário e orgulha-se em ceder suas românticas
gôndolas para que BOB HOPE faça a inevitável serenata".
"CURRITO DE LA CRUZ" levava os espectadores a passear
por Sevilha: "Um grande sucesso mundial onde se aprecia a grandiosidade
da Semana Santa, A Feira de Sevilha, Uma corrida monumental com as famosas
Miuras, Características esperas de toiros e lindas canções
Sevilhanas". "O ÚLTIMO COUPLET" vinha carregado
do "ambiente dos teatros de zarzuela e de variedades de Madrid de
outros tempos, a vibração característica das verbenas,
o clima ardente dos redondeis..." (para
saber mais)
"ADVERSIDADE" não fazia a volta ao mundo, mas andava perto: "Bailados exóticos em Havana -- Espectáculos de ópera em França e Itália -- A acção, movimentada, decorre em França, Itália, Havana, África e nos Alpes para voltar á corte de Napoleão". "PASSAGEIRO CLANDESTINO", "o maior acontecimento do cinema espanhol", vendia-se também à custa dos "mais variados ambientes": "Decorre nos mais variados ambientes: Numa aldeia galega, onde o povo, humilde e trabalhador, vive para o campo e para o mar; a bordo dum grande transatlântico; em diversos 'cabarets' de Havana, dos mais modestos aos mais luxuosos e de escolhida assistência". No que toca a caleidoscópio de imagens mundo fora não havia pai para "O GAVIÃO DOS MARES": "um espectáculo monumental que tem o mundo inteiro por cenário", e está tudo dito... Nós por cá também fazíamos filmes muito viajados. "FEITIÇO DO IMPÉRIO" principiava na América, "passando a desenrolar-se em Lisboa e continua na Guiné, Angola e L. Marques". Os espectadores assistiriam às tropelias de "Tarzan de Angola" e "Chico do Austin", levando como bónus "as caçadas no interior, as lutas com as feras, os batuques ao luar, e fauna e flora vista d'avião". Lá de fora interessavam imagens de pouca parecença com as que nos alimentavam a retina, dia após dia. O lusocentrismo considerava "pitoresco" tudo o que viesse de longe e soubesse a bizarria, tudo o que fugisse do círculo desenhado pela batata e pelo azeite. "S. Petesburg" e Viena tinham "ambientes pitorescos", bónus do filme "A PIEDOSA MENTIRA DE NINA PETROVA". "O TRIUNFO DO TANGO" oferecia "uma revelação dos pitorescos costumes dum paiz que goza de inteira simpatia", simpatia para a Argentina, claro está. "SOMBRERO" valia também por "toda a beleza e pitoresco do México apaixonante, os seus costumes e amores extraordinários e profundos". Pitoresco oferecido também por "FEITIÇO DO TRÓPICO", "música e alegria no ambiente pitoresco duma aldeia do México". Pitoresco, num "lá longe" que até podia estar bem perto. O complemento de "ALMAS EM PERIGO" oferecia aos telespectadores um "Funchal pitoresco". |