"BOCAGE" mereceria efectivamente os encómios que o emolduravam publicitariamente. M. Félix Ribeiro considera ter constituído este filme, segunda produção do ano de 1936 saída dos "plateaux" do estúdio nacional "o mais dilatado esforço de produção de que havia memória no panorama do cinema português, tanto nos meios postos à sua disposição, como pela amplitude conseguida quanto à reconstituição histórica de uma época, de ajustado rigor, a que a visão apurada de historiador de reputada e respeitada competência que era Gustavo de Matos Sequeira daria o toque de apurada e respeitada seriedade e autenticidade quanto à transposição do meio e dos ambientes vividos por Elmano Sadino". "A isto" -- acrescenta Ribeiro, "haveria que juntar a multidão de figuras, das mais destacadas do entrecho às gentes que compunham a extensíssima e variada figuração, que o desenvolver da história exigia. Tudo isso contribuiu para a grandiosidade e o aparatoso quadro em que decorria toda a trama dramática da obra".

RIBEIRO, M. Félix. "Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português 1896-1949", edição da Cinemateca Portuguesa, Lisboa, 1983, pág. 353-354.