Adeus, princesa
Homenagem à princesa Diana de Gales:
Foste uma estrela de primeira grandeza. De tão nobre coração, de tão rara beleza... O povo jamais a esquecerá, um minuto sequer. Sua linda princesa, nobre dama, grande mulher... Recordará com lágrimas de saudade A quem a morte ceifou, na flor da idade... Que o povo a guarde no coração e se lembre Dizendo adeus princesa, adeus para sempre!...
Donato Fernandes. Massamá, Queluz
Diário de Notícias. 21 de Outubro de 1997. Secção MEU CARO DN
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PRINCESA INCOMPREENDIDA
Morreste, tragicamente, Diana, assim, sem contar, Nesse brutal acidente Que deixou o mundo a chorar! Sofreste alguns desenganos Quando ainda eras mais nova, Mas esses teus verdes anos Puseram teu bem à prova!
Deram-te força e alento/ Fé, esperança e caridade/ Pra tratares do sofrimento/ Dos pobres com humildade! /As minas armadilhadas/ Querias tu banir da terra,/ Que faziam mutiladas/ Tantas pessoas da guerra!/ É A lepra, o cancro e a SIDA/ Foram tua preocupação/ A quem querias dar vida/ Mas não te deixaram... Não!/ Porque uns certos jornalistas,/ Sem ter ética nem moral...
Ao bem fecharam as vistas/ Só as abriram prò mal!
Foste muito perseguida, Sempre a criar-te embaraços; Roubaram-te, assim, a vida, Mas a morte abriu-te os braços!
Nunca passou de princesa/ Quem qualidades já tinha,/ Pois em bondade e beleza/ Foste mais do que rainha!...
Teus lindos, ricos vestidos,/ Que são a gala dos nobres./ Foram em leilão vendidos/ Pra benefício dos pobres!
Diana! Do teu passado/ Que Deus te releve a pena/ E perdoe algum pecado/ Como a Santa Madalena!...
António Martins da Silva Brás (S. Romão do Coronado)
Jornal de Notícias, 23 de Outubro de 1997
Serão
os argelinos insensíveis?
Diana morreu. Durante todo este tempo, rádios e televisões enviaram os seus correspondentes para interrogar os grandes e pequenos deste mundo - a Roma, Madrid, Londres obviamente, Pretória, Moscovo, Karachi, Sydney, Washington, Tokyo... Mas, salvo erro, ninguém foi à Argélia inquirir de que modo a população reagiu à morte violenta e desoladora de uma jovem mulher de 36 anos. Serão os argelinos insensíveis?
Olivier Brisson
PARIS
Carta de leitor publicada no jornal LE MONDE. Tradução livre.