D I T O S
Ainda não caí em mim. Sei o que é ser-se perseguida por pararazzi e a ideia de se morrer com medo é terrível. Elisabeth Taylor
Com uma simples entrevista de Diana, a BBC arrecadou um camião de libras capaz de fazer inveja aos paparazzi e tablóides que não largavam a princesa: quatro milhões de contos. Revista "TV 7 Dias", 6/09/1997
Todos os que sofrem a mesma pressão de que ela era alvo embateram naquele muro. Culpo tanto o público quanto a Imprensa. Todos nós temos o sangue de Diana nas mãos. Madonna
Chegou a altura de se tomar um partido: não comprem mais tablóides. Rod Steiger
Quando estamos encurralados só pensamos em libertarmo-nos, quer estejamos a ser perseguidos por uma arma ou uma câmara. Sean Penn
Não é justo nem razoável que a totalidade dos media e os jornalistas no seu conjunto sejam responsabilizados por aquilo que é apenas o comportamento de uma parte da imprensa. Mas isso não isenta certos jornais de pesadas responsabilidades, nem isenta os jornalistas de uma reflexão séria acerca da forma leviana como, a pretexto do Òinteresse públicoÓ interferem na esfera inviolável da privacidade dos cidadãos. Mário Mesquita, Diário de Notícias, 1/09/1997
Diana de Gales foi uma vítima da pressão da imprensa toda a sua vida e não conseguiu resistir a essa pressão. Duarte Nuno, duque de Bragança, 31/08/1997
Não há dúvida nenhuma de que esta tragédia não teria acontecido se os fotógrafos não tivessem perseguido o senhor Al-Fayed e a princesa durante semanas. Porta-voz de Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi Al-Fayed, 31/08/1997
- Na sua opinião, o que poderá acontecer se os paparazzi forem condenados a prisão? - Bem... É provável que comecem a aparecer fotos exclusivas do jet set das penitenciárias. Diálogo da coluna "Bartoon", da autoria de Luís Afonso. Público, 4/09/1997
No meio dos debates sobre a morte da princesa Diana, convém recordar um número que parece inacreditável: em Portugal, o mercado das revistas de sociedade, as mesmas que garantem a compra da maioria do material dos paparazzi, mais do que duplicou no último ano e atinge agora quase um milhão de exemplares por semana. A responsabilidade social já não é o que era. Manuel Falcão, Diário Económico, 2/09/1997
O trabalho dos paparazzi tem muitos aspectos condenáveis, mas devo dizer que me choca profundamente a hipocrisia de uma opinião pública que finge que não consome estes jornais e, afinal, compra e até esgota tiragens. Diana Andringa, O Jogo, 2/09/1997
Foram os fotógrafos e as operadoras de TV que fizeram a glória daquela que agora é chamada princesa do povo. Victor da Cunha Rego, Diário de Notícias, 2/09/1997
Diana foi vítima de um frenesi competitivo e sem escrúpulos por um espaço na imprensa. Helmut Kohl, 1/09/1997
O sensacionalismo deve ser condenado quando não respeita a vida humana para alcançar os seus objectivos duvidosos. Pál Bodor, Presidente da Associação dos Jornalistas Europeus, 1/09/1997
O conto acabou, a fada morreu. Começa agora a lenda. TV Guia, 6/09/1997
O limite do trabalho dos paparazzi deveria ser o bom senso. Tazo Sechiarolli. Fotógrafo italiano que inspirou o personagem do paparazzo no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini. 1/09/1997
Sempre acreditei que a imprensa a mataria, mas nunca imaginei que teria uma influência tão directa na sua morte. Os proprietários e editores de todas as publicações que pagaram por fotografias que exploraram a imagem de Diana têm hoje o sangue dela nas suas mãos. Charles Spencer, irmão de Diana. 1/09/1997
Lady Di escolheu, ela própria, o seu caminho e foram a imprensa e a televisão que estenderam o tapete vermelho para ela passar. Sem reticências e como ela quis. Victor da Cunha Rego, Diário de Notícias, 3/09/1997
Quando no início de Agosto último, o jornal The Mirror publicou as fotografias do famoso beijo entre Diana e Dodi, os britânicos rejubilaram por ela. A sua princesa tinha encontrado de novo o amor e, ao que tudo indicava, podia finalmente ser feliz. Caras, 6/09/1997
Finalmente poderá repousar em paz, longe daqueles que sempre se serviram de si como pretexto para os maiores negócios jornalísticos de sempre. Com a sua morte, o mau jornalismo vai ter de reflectir. Vai ser julgado, ao mesmo tempo, por uma opinião pública que o financia, mas que também é capaz de o condenar ao ostracismo. O Dia, 1/09/1997
Diana já não está entre nós. A sua morte deixou-nos um tremendo vazio que ninguém poderá preencher como ela o fez. Lecturas (Espanha), 12/09/1997
Não sou leitor nem consumidor normal dessas revistas [cor-de-rosa], mas quando pego nelas lá vêm as Lilis, as Tuxas, as Nuxas, as Titas, toda essa gente que até tem nome de gato. Pinto da Costa, TSF, 1/09/1997
As pessoas que choram são as mesmas que, na semana passada, só em Portugal, compraram meio milhão de revistas para ver Diana com o namorado. Pedro Rolo Duarte, Visão, 3/09/1997
Os paparazzi em Paris estavam num local público. Não sendo enfermeiros ou bombeiros, não deveriam prestar primeiros socorros num acidente onde um movimento errado seria um crime. Victor da Cunha Rego, Diário de Notícias, 3/09/1997
"Acabou-se. Nunca mais será capa". Revista TV Mais, 5/09/1997
A princesa Diana foi uma pessoa inteligente que usou os media. Foi a atenção destes à sua vida privada que a conduziu ao cataclismo. Como leitora também me sinto culpada pela violação à sua privacidade. Os privados são figuras públicas e não coisa pública. Mila Ferreira, depoimento à Revista Ana, 4/09/1997
A imprensa fez da princesa Diana uma mulher infeliz mas por outro lado fez dela a mulher mais fotografada do Mundo. Se as pessoas expõem a sua intimidade, acabam por se tornar presas dos media. O sistema é devorador e Diana foi uma vítima dele. Anabela Mota Ribeiro, depoimento à Revista Ana, 4/09/1997
La Dianamanía se ha extendido hasta la cercana población de Northampton, donde los responsables de un cine han retirado de la cartelera Crash, una película sobre accidentes de coche, al menos hasta que se disipe el recuerdo del trágico fin de la princesa. La han remplazado por Philadephia, un film sobre el sida, que al fin y al cabo fue una causa muy querida por ella. Cristina Frade, El Mundo (Espanha)
El realizador italiano Franco Zeffirelli se mostró indignado por la "imbecilidad general" que ha supuesto tratar a la princesa Diana de Gales como una santa. "Todo el mundo la alaba, incluso las más altas instancias italianas, aunque sus 'acciones humanitarias' no eran más que una hábil estrategia de relaciones públicas". La Vanguardia (Espanha)
El ex número uno mundial Andre Agassi, cuyo matrimonio con la actriz Brooke Shields le ha convertido en un objetivo para los tabloides, criticó a los fotógrafos que se ganan la vida acosando a las celebridades. "Eso está mal. Colocan el dólar antes de cualquier sentido ético, de cualquier sentido moral... Esta situación nos ofrece la oportunidad de dar un paso adelante y actuar. Si no se hace nada, si nada cambia, este día es aún más triste", afirmó. La Vanguardia (Espanha)