V i o l ê n c i a
Geoffrey consegue deitar a mão a Surat Khan e matá-lo. Momento épico
O cinema precisava de povo nas salas, o povo gostaria de violência,
presume-se, o cinema dava-lhe violência. O cartaz do filme com este
nome -- "VIOLÊNCIA", pela Lousã em 1959,
explicava tudo:
"Um FILME POLICIAL que se impõe pela intensidade dramática do assunto (...) e ainda pela dureza de relevo dos carácteres formando uma galeria de tipos da fauna do crime -- Os campos extremam-se e a luta desencadeia-se por fim, no decorrer de uma série de episódios, que dão ensejo ao realizador para criar um espectáculo em que põe em acção todos os elementos gratos aos sectores populares: Vinganças, assaltos, represálias, traições, crimes, etc." "O SINAL DA CRUZ" (1937) continha "as arripiantes lutas no Circo" e "os cristãos lançados ás feras"; "M-MATOU!" garantia-se "inspirado na arripiante actuação do bandido de Dusseldorf"; n' "A GRANDE PARADA" os lousanenses assistiriam à "chacina horrível, o inferno, a desolação enfim...", tudo sob fundo sonoro a condizer: "Lindas canções guerreiras!..." para uma fita que, apesar da chacina, inferno e desolação, conseguia mesmo assim publicitar-se como "o mais amoroso, o mais romântico de todos os filmes da GRANDE GUERRA". |