A Invenção Perpétua

Água e pedras. Luz e tempo. Lume e ar.

Ao primeiro olhar, apenas o comum e o vulgar.

Factos. Actos. O que é vivo salta da fotografia.

As mulheres e os homens constroem a cidade, sustêm o quotidiano, urdem a rotina, roem os dentes do relógio. 

Permanecem, porém, elas e eles, nos cantos de uma epopeia serpentina, edificando a vida. Elas e eles compõem, remordem, atrevem, soletram, decifram os milénios dos mitos palpáveis: as pequenas coisas em que Coimbra se desprende, estremece e zarpa para amanhã.

   Vasco Pereira da Costa

                                                 Dezembro 2000