em Coimbra
António Costa Pinto
As vírgulas as letras os violinos as guitarras e as vozes sem retorno. Os tintinábulos a cabra os sinos. O abstracto contorno. O ritmo e o logaritmo da palavra. E os estigmas. Os enigmas. A porta que se abre e é um vazio. Inês já morta Inês deposta. Fogo Frio. E os barcos as rosáceas os poemas. A lua e os diademas sob os arcos. E a chave. O centro. A rosa por dentro. A nave. Luz e sombra em Santa Cruz. Teoria de torres e vitrais mosteiros subaquáticos laranjais
olivais. E os ecos enigmáticos de claustros carregados de punhais. O ponto mágico
e as pias baptismais sob as pedras onde as mágoas como as águas se vão para nunca
mais. Tocata e Fuga, de Manuel Alegre In “Coimbra nunca vista”
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